TRANSMONTAR

Dissertações sobre Trás-os-Montes, seu passado, presente e futuro. Idiossincrasia transmontana e visão do mundo a partir deste torrão.

22 maio 2009

Ajudas contra a Crise v400.0

Há poucos dias, o Primeiro-Ministro (PM) anunciou o pacote de apoio às PME’s v4.0.

Declarou, ufano, que se contavam por 25 milhares as empresas até então beneficiadas.

Este apoio gradual, calculista e mediocremente eficaz, se bem que poupadinho, não elege mais que 7% daquele tecido empresarial (ou menos se este universo se situar no milhão de empresas, como assegura o INE) ou, como assegura o FMI, não representa mais que 1% do PIB. Já o apoio ao sector financeiro, entre garantias e apoios directos, atinge os 14,4%, segundo a mesma fonte.

Um eloquente exemplo da eficácia desta parcimónia a conta-gotas está patente na escalada abrupta do desemprego. Aliás, neste campo particular do conjunto das políticas sociais de última geração, como tanto gosta de apregoar o PM, os apoios concedidos evitaram o aumento de 140.000 para 181.000, de Março de 2008 a Março de 2009, do número de desempregados sem direito a receber a correspondente prestação. De 35% do total dos desempregados, subiram para 38% os excluídos do subsídio.

Com esta resposta gradualista a uma “crise sem precedentes”, o governo só revela incapacidade de avaliação e de estratégia. Com planeamento de merceeiro, sem menosprezo por esta casta de comerciantes, reactivo e desproporcionado, o executivo revela-se apostado na cura natural da maleita, por efeito da passagem do tempo. O organismo socioeconómico lá recuperará a saúde com a ajuda induzida por estes placebos.

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