Agencia de envolvimento de Tras-os-Montes
Agência de (Des)envolvimento de Trás-os-Montes
Rei morto, rei posto! Enquanto a enésima agência para o desenvolvimento de Trás-os-Montes e Alto Douro, a malograda SPIDOURO, se debate, num último sopro de vida, entre a busca de um redentor tardio (será que esta nova iniciativa tem, também, o objectivo de precipitar o funeral definitivo daquela?) e a morte anunciada por exéquias ao morto-vivo, eis que alguns parentes se lançaram num frenesim, que por cá lhes é desde há muito reconhecido, de lançamento da enésima+1 iniciativa. E lá foram apregoando as virtudes do empreendimento: associação sem fins lucrativos com o objectivo de revolucionar a região, do turismo à agricultura, do ambiente à economia digital, etc e tal.
Tomáramos nós, transmontanos prudentes, que todo este entusiasmo febril, conduzido e renovado pela linhagem do costume, frutificasse, mas, infelizmente e em nome da perspectiva histórica, temos de confessar o pessimismo que de nós se apodera nesta hora, e que nos leva a não esperarmos mais que o resultado da última cruzada pelo desenvolvimento já a finar-se. Pois se o arranque nos aparece como se se tratasse de um salto de naufrago para bóia à deriva, como achá-lo auspicioso?
Para se atingir utilidade em acto para os nossos deleites e devaneios intelectuais de cigarra, mais ou menos megalómanos, mais ou menos idealistas, temos de cultivar o trabalho perseverante, o espírito de sacrifício e de sofrimento da formiga, sem os quais as nossas iniciativas diletantes não granjeiam mais que desconfiança. Só a combatividade de formiga consegue provocar a adesão, o respeito e o entusiasmo de estruturas sociais mais vastas que o núcleo restrito dos nossos amigos, familiares e cúmplices.
O próximo passo, apressado, dos promotores dirigir-se-à na direcção da API do Dr. Cadilhe, no sentido de se perfilarem como parceiros para a exaltante empreitada de desenvolvimento e promoção turística do Douro, na qual, até agora, acreditamos. Espero que o cartão de visitas a exibir refira os relevantes serviços e as iniciativas de sucesso de que são credores estes promotores e que tanto contribuíram para guindar a região aos elevados patamares de desenvolvimento que conhece. Talvez assim, o público erário escape a nova delapidação - mal recomposto que ainda se encontra das contribuições perdidas com que criou e manteve a antecessora - que certos cantares de sereia sempre conseguem de responsáveis mais sensíveis aos seus encantos.
Rei morto, rei posto! Enquanto a enésima agência para o desenvolvimento de Trás-os-Montes e Alto Douro, a malograda SPIDOURO, se debate, num último sopro de vida, entre a busca de um redentor tardio (será que esta nova iniciativa tem, também, o objectivo de precipitar o funeral definitivo daquela?) e a morte anunciada por exéquias ao morto-vivo, eis que alguns parentes se lançaram num frenesim, que por cá lhes é desde há muito reconhecido, de lançamento da enésima+1 iniciativa. E lá foram apregoando as virtudes do empreendimento: associação sem fins lucrativos com o objectivo de revolucionar a região, do turismo à agricultura, do ambiente à economia digital, etc e tal.
Tomáramos nós, transmontanos prudentes, que todo este entusiasmo febril, conduzido e renovado pela linhagem do costume, frutificasse, mas, infelizmente e em nome da perspectiva histórica, temos de confessar o pessimismo que de nós se apodera nesta hora, e que nos leva a não esperarmos mais que o resultado da última cruzada pelo desenvolvimento já a finar-se. Pois se o arranque nos aparece como se se tratasse de um salto de naufrago para bóia à deriva, como achá-lo auspicioso?
Para se atingir utilidade em acto para os nossos deleites e devaneios intelectuais de cigarra, mais ou menos megalómanos, mais ou menos idealistas, temos de cultivar o trabalho perseverante, o espírito de sacrifício e de sofrimento da formiga, sem os quais as nossas iniciativas diletantes não granjeiam mais que desconfiança. Só a combatividade de formiga consegue provocar a adesão, o respeito e o entusiasmo de estruturas sociais mais vastas que o núcleo restrito dos nossos amigos, familiares e cúmplices.
O próximo passo, apressado, dos promotores dirigir-se-à na direcção da API do Dr. Cadilhe, no sentido de se perfilarem como parceiros para a exaltante empreitada de desenvolvimento e promoção turística do Douro, na qual, até agora, acreditamos. Espero que o cartão de visitas a exibir refira os relevantes serviços e as iniciativas de sucesso de que são credores estes promotores e que tanto contribuíram para guindar a região aos elevados patamares de desenvolvimento que conhece. Talvez assim, o público erário escape a nova delapidação - mal recomposto que ainda se encontra das contribuições perdidas com que criou e manteve a antecessora - que certos cantares de sereia sempre conseguem de responsáveis mais sensíveis aos seus encantos.
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