TRANSMONTAR

Dissertações sobre Trás-os-Montes, seu passado, presente e futuro. Idiossincrasia transmontana e visão do mundo a partir deste torrão.

27 julho 2003

Aerodromo de Braganca

Aeródromo de Bragança

Foi notícia, esta semana, a inauguração da capacidade operacional noturna do aeródromo de Bragança.
Regozijemo-nos. É vantajoso para a região que equipamento instalado há já certo tempo deixe a inactividade e passe a estar disponível e útil; é com gosto que se regista a declaração do autarca local, cônscio da utilidade daquela estrutura no âmbito dos programas de desenvolvimento regional; justifica-se, numa lógica de ocultação da excentricidade daquele burgo, que o considere central relativamente a uma área que englobe Valladolid, Zamora e, quiçá, Ourense, mas não poderá deixar de se considerar periférico quer em relação à região transmontana, quer, especificamente, à região duriense, cujo plano de desenvolvimento e seu debate é, hoje, actual. Para além do mais, as acessibilidades já disponíveis tornam mais fácil chegar de uma posição mais nuclear até Bragança, que daqui até à parte sul e sudeste do distrito.
Continua, por isso, por razões de operacionalidade, viabilidade e racionalização de meios e apesar da relevância reconhecida aquele activo, a justificar-se a aposta numa estrutura, de preferência baseada noutra preexistente, mais geoestratégica, concentrando nela um esforço de investimento suficiente para dotar a província de Trás-os-Montes e Alto Douro de um equipamento aeroportuário eficaz do ponto de vista do desenvolvimento.
Impõe-se uma decisão sobre opções desta natureza e para este fim. Urgentemente! Estimo que, depois da notícia dos melhoramentos no aeródromo bragançano, se assista a uma corrida ao trofeu de melhor campo de aviação regional, ajardinado e livre de galináceos e parrecos do Toninho dos mesmos, numa espiral despesista de benefício mínimo.
À atenção de Sua Excelência o Senhor Ministro das Obras Públicas.