Caso Casa do Douro
Caso "Casa do Douro"
De cada vez que irrompe um caso semelhante a este, implicando tentativas desesperadas de sobrevivência de instituições ou estruturas que os próprios dirigentes se encarregaram, com toda a sua vasta gama de incompetências, de tornar inviáveis, retrógradas ou obsoletas, agarrando-se, por último, aos "pergaminhos" que justificaram a sua criação e o passado, mas que não são de nenhuma serventia no presente, quanto mais no futuro; quando, dizia, casos como este ou outros, como o do Complexo do Cachão, acontecem, assumem protagonismo patético figuras pardas que outra coisa não fazem que reivindicar e protestar em nome de assembleias de desvalidos e descrentes, que os não apoiam já e lhes reconhecem, se perguntados, as incompetências, quando não os aproveitamentos em benefício próprio da posição que aqueles temem perder.
Quando tudo isto acontece, é a credibilidade da região que fica em causa, são os esforços desenvolvidos, laboriosamente, no sentido da aceitação de teses de discriminação positiva em favor da província que desabam perante os olhares atentos do resto do país, que constata, uma vez mais, o ruir fragoroso de um novo e eloquente exemplo da nossa (in)capacidade de nos autodeterminarmos socialmente.
Não sei tudo o que ficou dito se pode aplicar com total propriedade ao caso concreto, que acompanho com distanciamento crítico; não duvido nada da consequência que acabo de retirar. Uma coisa é certa: ao longo dos últimos anos da já longa agonia da Casa do Douro, foram estridentes as "guerras" com as variadas tutelas e patente a fragilidade argumentativa dos dirigentes. Simultaneamente, foram, também, públicas as negociatas dos cartões de benefício (produtores com capacidade formal de produzirem determinada capacidade de Vinho do Porto, que comercializavam esse direito, que não exerciam por já não existirem as vinhas respectivas, pela alienação do dito cartão) nas barbas da CD, o tráfico de mostos e uvas de outras regiões, nem sempre contrariado, com reflexos na qualidade e genuinidade do Vinho do Porto e mesmo a evolução da "mancha" da região demarcada, será que se justifica, apenas, por critérios técnicos de natureza climática e de composição dos solos? Depois vêm os stocks de Vinho do Porto confiados à sua guarda e administração, o seu valor, a qualidade do armazenamento, os derrames a céu aberto, etc., etc....
Reforme-se! Nem todas as heranças são boas e muito menos as que baseiam as suas virtudes na força histórica, apenas.
De cada vez que irrompe um caso semelhante a este, implicando tentativas desesperadas de sobrevivência de instituições ou estruturas que os próprios dirigentes se encarregaram, com toda a sua vasta gama de incompetências, de tornar inviáveis, retrógradas ou obsoletas, agarrando-se, por último, aos "pergaminhos" que justificaram a sua criação e o passado, mas que não são de nenhuma serventia no presente, quanto mais no futuro; quando, dizia, casos como este ou outros, como o do Complexo do Cachão, acontecem, assumem protagonismo patético figuras pardas que outra coisa não fazem que reivindicar e protestar em nome de assembleias de desvalidos e descrentes, que os não apoiam já e lhes reconhecem, se perguntados, as incompetências, quando não os aproveitamentos em benefício próprio da posição que aqueles temem perder.
Quando tudo isto acontece, é a credibilidade da região que fica em causa, são os esforços desenvolvidos, laboriosamente, no sentido da aceitação de teses de discriminação positiva em favor da província que desabam perante os olhares atentos do resto do país, que constata, uma vez mais, o ruir fragoroso de um novo e eloquente exemplo da nossa (in)capacidade de nos autodeterminarmos socialmente.
Não sei tudo o que ficou dito se pode aplicar com total propriedade ao caso concreto, que acompanho com distanciamento crítico; não duvido nada da consequência que acabo de retirar. Uma coisa é certa: ao longo dos últimos anos da já longa agonia da Casa do Douro, foram estridentes as "guerras" com as variadas tutelas e patente a fragilidade argumentativa dos dirigentes. Simultaneamente, foram, também, públicas as negociatas dos cartões de benefício (produtores com capacidade formal de produzirem determinada capacidade de Vinho do Porto, que comercializavam esse direito, que não exerciam por já não existirem as vinhas respectivas, pela alienação do dito cartão) nas barbas da CD, o tráfico de mostos e uvas de outras regiões, nem sempre contrariado, com reflexos na qualidade e genuinidade do Vinho do Porto e mesmo a evolução da "mancha" da região demarcada, será que se justifica, apenas, por critérios técnicos de natureza climática e de composição dos solos? Depois vêm os stocks de Vinho do Porto confiados à sua guarda e administração, o seu valor, a qualidade do armazenamento, os derrames a céu aberto, etc., etc....
Reforme-se! Nem todas as heranças são boas e muito menos as que baseiam as suas virtudes na força histórica, apenas.
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